quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

a historia do super nintendo parte 5

Mario? Que Mario?
mario.jpgEsse é um Mario que todo mundo deve conhecer. Como já dito, a primeira aparição de Mario se deu no arcade do Donkey Kong, criado em 1981. Mario possui o visual de hoje graças a fraca tecnologia de 1981:
Chapéu: Não haviam pixels suficientes para representar os movimentos dos cabelos enquanto Mario pulava, então Miyamoto deu a Mario um chapéu para cobrir os cabelos.
Bigode: De novo, devido � quantia limitada de pixels loteada pelo personagem, Mario tem um grande nariz e um bigode porque Miyamoto queria que as pessoas notassem que Mario tinha um nariz.
Macacões: Para se ver os movimentos dos braço do Mario, seus braços precisavam ser de uma cor diferente de seu corpo. Miyamoto deu a Mario macacões vermelhos para resolver este problema. Mario tinha a camisa azul e macacões vermelhos para Donkey Kong e Donkey Kong Jr. As cores foram trocadas para camisa vermelha e macacões azuis quando Mario Bros. estourou nos arcades.
Quando Super Mario Bros. foi lançado para o Nintendo Entertainment System, Mario tinha seus macacões vermelhos originais, mas sua camisa era de uma cor castanha. Em Super Mario Bros. 2, Mario voltou a usar seu conjunto secundário de camisa vermelha e macacões azuis, e esse esquema de cores não se alterou desde então.
vr01105c.jpgMas o estrelato mesmo só viria em 1985, com o lançamento de Super Mario Bros., um dos primeiros jogos de plataforma do tipo side-scrolling. O
sucesso foi tanto que o game foi responsável pelo sucesso de vendas do console Nes. Super Mario Bros. é um dos jogos mais vendidos de toda a história dos videogames, nem mesmo suas continuações venderam tanto quanto ele (teve ainda duas continuações no Nes). Sem falar que foi o grande sucesso do designer de jogos japonês Shigeru Miyamoto, o principal responsável pelo sucesso da Nintendo.
Mas o que levou Super Mario Bros. e suas continuações a terem todo esse sucesso? A fórmula não poderia ser mais simples: um jogo simples, mas extremamente divertido e viciante. E Super Mario Bros. foi lançado no momento certo. No ano de 1985, o mundo gamístico voltava a ter forças depois do crash de 84. As pessoas se surpreenderam com o novo estilo de jogo, antes acostumadas com games com tela fixa do Atari, mas agora Mario formatava um novo estilo, uma nova mecânica de jogo, a chamada ação de plataformas, popular até hoje mesmo com os jogos em 3D. A tela "rolava" (ou como os americanos dizem, side-scrolling), revelando um grande mapa, com elementos de exploração e inúmeros segredos que se escondiam em blocos ou passagens secretas dentro dos famosos canos. A variedade de cenários era gigantesca se comparada aos velhos jogos de Atari e similares, com mapas que tinham passagens para fases nos céus, em oceanos em ambientes subterrâneos, com uma grande variedade de inimigos e chefes no final de cada fase.
Além do protagonista, outros personagens da série acabaram ganhando o estrelato, como é o caso do Bowser e a princesa Peach, e claro, o seusuper-mario-64.jpg irmão Luigi. Outros amigos e inimigos foram surgindo, alguns ganhando nome e jogos próprios, como é o caso do dinossauro Yoshi e do rival Wario.
Não é a toa que Super Mario Bros. do nintendinho 8 Bits é o título mais vendido de toda a história dos games, com 40 milhões de cópias vendidas no mundo todo e reconhecido pelo livro dos recordes Guinness. Durantes os seus 20 anos de estrada, inúmeros games foram lançados, e a franquia de Mario já chegou a vender mais de 180 milhões de unidades no mundo todo.
Mas para alguém que já rivalizou a popularidade de Mickey Mouse,
Mario acabou encontrando um rival a sua altura, uma pedra no seu sapato que o incomodou por algum tempo, na forma de um ouriço azul. Sonic, o carismático e veloz mascote da Sega, realmente incomodou bastante a vida de Mario durante a era dos 16 Bits, e mesmo o game Super Mario World do Super Nintendo ser uma das mais notáveis aventuras do bigodudo já feitas até então, ele passou por momentos difíceis com o ouriço azul correndo por aí. Mas isso é história para uma outra matéria, mesmo porque hoje em dia o famoso ouriço corre também nas plataformas Nintendo, tendo achado no GBA o lugar perfeito para as suas aventuras em 2D.


E no Brasil?
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cartaz-grande.jpgNo Brasil a Nintendo seria representada pela Playtronic Industrial Ltda somente no final de 1993, entre uma fusão das empresas Gradiente e Estrela. A Sega já dominava o mercado brasileiro graças � competência e excelente suporte da Tec Toy (que até hoje existe e ainda fabrica os videogames, mesmo sem o suporte da Sega). Apesar da Playtronic não conseguir o mesmo êxito que a Tec Toy alcançou (a Platronic durou apenas alguns anos, e a Nintendo vendo que a Sega já não era mais uma ameaça e como o Playstation não tem representante oficial aqui, largou a empresa � deriva que fechou as portas) ela chegou a lançar os consoles e games Nintendo por aqui. A principal vantagem disso era que tanto ela, como a Tec Toy abaixam os preços dos seus produtos, e quem saía ganhando era o consumidor. Sem dizer das propagandas, dos jogos que eram lançados simultaneamente com os EUA e tranqueiras oficiais que chegavam aqui. É, o Brasil já teve o gostinho de experimentar esse concorrido mercado de games do jeito que ele é nos EUA e outros países (bom, nãoplaytronicnes.jpg exatamente do mesmo jeito, mas pelo menos uma parte dele).
A Playtronic tinha uma forte adversária na Tec Toy (que tinha 75% do mercado brasileiro com os seus consoles), que fazia uma fortíssima campanha de marketing em volta dos seus carro-chefes, o Master System e o Mega Drive, lançando jogos em português e jogos modificados para atender ao público brasileiro, como Chapolin e a Turma da Mônica. Isso obrigou a Playtronic a investir também em seu marketing com diversas propagandas em revistas e jornais, e até uma reportagem no Fantástico sobre a sua chegada.
Entretanto o Nes 8 Bits não fez muito sucesso por aqui, primeiro por causa da demora da sua entrada no mercado brasileiro e segundo por que aqui já existia anos antes clones piratas do console, como o famoso Phantom System (por ironia, da própria Gradiente), o Hit Top Game (eu tinha um desses), o Dynavision, entre muitos outros. É claro que a Nintendo não deu nenhuma licença para todo esses consoles, ou seja, era tudo pirataria, mas que ajudou a popularizar o nintendinho 8 Bits.
Em 1996, por algum motivo desconhecido, a Estrela abandonou a empresa, que passou a se chamar então de Gradiente Entertainment Ltda (o que deixou os produtos Nintendo bem mais caros no mercado) e tempos depois, no início de 2003, a própria Gradiente em declaração oficial, disse que deixaria de fabricar e comercializar a linha de videogames, encerrando a parceria com a Nintendo no Brasil.
phantom.jpg

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