Em 1992 veio a salvação do Super Nintendo graças � Capcom, que lançaria para o console o seu já consagrado game de arcade Street Fighter II, em uma conversão mais do que perfeita para o console da Nintendo.
Finalmente o Super Nintendo começou a decolar no ocidente, no Japão ele já dominava o mercado, agora faltava o resto do mundo. Mas a Sega estava preparada e contra-atacou com excelentes jogos para o Mega Drive, como Sonic 2 e Streets of Rage 2, além de que Street Fighter 2 sairia para Mega Drive um tempo depois.
A Nintendo ainda tinha que engolir o segundo lugar, mas desta vez estava mais próxima. A Sega possuía 56% do mercado contra 44% da Nintendo. O mercado estava completamente dividido entre as duas empresas e a guerra tinha chegado ao seu ápice. Foi então que surgiu, em 1994, a arma secreta da Nintendo que a colocaria novamente ao topo. Um personagem já esquecido seria ressuscitado e faria que o Super Nintendo assumisse a liderança do mercado dos 16 Bits…
A volta do Kong
Em 1981, Shigeru Miyamoto cria o jogo para arcade Donkey Kong (algo como "Gorila Burro") e que rapidamente vira um grande sucesso comercial. O jogador, um carpinteiro nanico, devia salvar a namorada que havia sido raptada pelo raivoso gorila. O carpinteiro ganha o nome de Mario, e tempos depois viria a estrelar seu próprio game, o pouco famoso Mario Bros.
Um fato curioso, em 1982 a Nintendo seria processado pela Universal Studios por plágio do seu filme King Kong. Porém a Universal caiu do cavalo pois não sabia ela que King Kong já havia entrado em domínio público, ou seja, não possuía mais direitos autorais. Pagou um senhor mico, ou devo dizer um senhor Kong? E pra sorte da Nintendo, pois está na cara que o game é chupadaço de King Kong, ehehe
Em 1991 a empresa Rare lança para o nintendinho o game Battletoads, game com sapos guerreiros anabolisados, que rapidamente virou um grande sucesso. O jogo seria relançado para o Super Nintendo em 1993, com o nome de Battletoads in Battlemaniacs. Depois disso a empresa tomou chá de sumiço. Durante esse tempo ela estava investindo em estações gráficas da Silicon Graphic, permitindo a ela a criação de uma nova tecnologia, a ACM (Advanced Computer Modeling). Essa nova tecnologia permitiu o desenvolvimento de gráficos de qualidade incrível para o Super Nintendo. A Big N, impressionada com os resultados, propôs que a Rare escolhesse um personagem da empresa para a criação de um game usando a nova tecnologia. O escolhido foi Donkey Kong.
Em 1994 a Rare iria surpreender o mundo ao lançar Donkey Kong Country para o Super Nintendo. O jogo era revolucionário, mostrava gráficos que até então jogo nenhum havia conseguido reproduzir em 16 Bits: gráficos pré-renderizados 3D em um console 2D. O jogo foi o maior sucesso, as vendas do Super Nintendo dispararam, e finalmente a Nintendo consegue recuperar seu primeiro lugar no mercado de 16 Bits. Mais dois jogos do DK foram lançados para o Super Nintendo, mas não chegaram a impressionar tanto como o primeiro, afinal já estávamos entrando na era dos 32 Bits.
Aliado a isso e ao fato de em 1995 o presidente da Sega ter decidido parar com a produção e suporte ao Mega Drive, para se dedicar exclusivamente ao Saturn (que apanhou feio do Playstation) e a demissão do chefão da Sega of America, Tom Kalinske (grande estrategista e o principal responsável pelo sucesso da Sega nos EUA), não ficou difícil para a Nintendo dominar rapidamente o mercado, transformando o Super Nintendo o 16 Bits mais vendido na história. O Super Nintendo teve sua produção encerrada somente em 2000, e no Japão parece que ele ainda durou um pouco mais.
Só por curiosidade… a parceria entre a Rare e a Nintendo terminou no fim de 2002, quando a Rare se bandeou pro lado da Microsoft (dizem que Bill Gates desembolsou U$377 milhões de verdinhas para adquirir a empresa) e agora irá produzir games exclusivos para o XBox. Mas apesar disso, ela continuará a desenvolver games para as plataformas da Nintendo.
Playstation da Nintendo?
Com o lançamento do Sega CD para o Mega Drive a Nintendo rapidamente tomou medidas para lançar um leitor de CDs para o Super Nintendo. Para tal propósito ela firmou um contrato com a Sony para a criação do aparato para o seu 16 Bits. Chamado na época de Super Disc, que rodaria jogos em cartucho do Super Nintendo e jogos em CD, assim como o Mega Drive e Sega CD.
Porém durante o projeto houve discordâncias entre as empresas. A Sony queria uma porcentagem das vendas do aparelho e games, que agora fora renomeado de PlayStation, que a Nintendo não aceitou . Sony então anuncia que havia conseguido os direitos de distribuição do novo aparelho. A Nintendo não gostou nada da notícia (a Big N é famosa por querer ter o controle de tudo) e no dia seguinte do anúncio da Sony, a Nintendo foi a público fazer o seu próprio anúncio, mas ao invés de firmar o pacto com a Sony como todos esperavam, disse que estava criando um leitor de CDs para o Super Nintendo com a Phillips. A Sony não gostou e as duas cortaram relações de vez, porém a Sony continuou o seu projeto do Playstation, que foi lançado em 1994, totalmente remodelado e sem nenhum laço com a Nintendo. A Nintendo tentou medidas judiciais para impedir o lançamento e a fabricação, mas perdeu em várias instâncias nos Estados Unidos e Japão.
Ironicamente, o Playstation dominou o mercado, que antes pertencia � Sega e a Nintendo, tornando-se o videogame mais vendido da história (mais de 100 milhões de consoles vendidos). Essa a Nintendo teve que engolir no seco, deve estar entalado na garganta até hoje.
E o acordo entre a Nintendo e a Phillips também não deu em nada, ou melhor, resultou sim, no CD-i, um aparelho interativo que não agradou muito, mas que foi lançado apenas pela Phillips, que ganhou também o direito de lançar alguns games da Nintendo para o console.
Eu lembro bem desses jogos de lutas!!! street Fight!!! Afffffffff, mas ai os jogos também evoluiram muito!!!
ResponderExcluir